No ano em que morreu, este, José Augusto Mourão deixa-nos a recolha das homilias que foi proferindo.
São textos que mais parecem quadros tecidos pela alma.
Não se exige a ninguém este brilho. Mas espera-se de todos a mesma seriedade.
A recusa da vulgaridade é, talvez, o preceito mais pertinente da ascese.
A palavra está no sítio certo. O texto não é um arrazoado disperso nem um amontoado de frases, atropeladas a esmo.
A fé precisa de revalorizar a sua expressão.
A homilia não é um exercício de retórica. Só pode ser uma ressonância da Palavra escrita no livro e inscrita na vida.
É preciso que essa Palavra se aloje na alma para poder ressoar nos lábios.