O princípo da subsidiariedade é a matriz sensata do funcionamento de uma sociedade.
Preceitua tal princípio que uma instância superior só intervém quando as outras não conseguem fazê-lo.
Percebe-se, a esta luz, que o Estado avançasse com actividade televisiva quando mais ninguém o fazia.
Mas, numa altura em que há mais dois operadores, tal não se justifica.
Acresce que a crise é um tópico que está a impor restrições aos cidadãos.
Para obter mais 800 milhões de euros, as pessoas vão ficar sem uma parte substancial do subsídio de Natal.
Ora, sucede que, em cada ano, a RTP recebe do Estado 300 milhões de euros. Em seis anos, foram dois mil milhões de euros.
Porquê toda esta hesitação?
A marca neoliberal do novo Governo e a consciência social que assume ter não deviam deixar margem para o mais leve compasso de espera.
O dinheiro, apesar de pouco, faz falta a muita gente. E a RTP?