Paul Knitter é cristão e é teólogo. Acaba de escrever uma obra (ainda não traduzida em portugês) onde assume que é ao budismo que deve o continuar a ser cristão.
Sem Buda não poderia ser cristão é o título da obra do teólogo norte-americano Paul Knitter.
No início as perguntas: «O meu diálogo com o budismo tornou-me um cristão budista? Ou um budista cristão? Sou um cristão que compreendeu mais profundamente a sua própria identidade com a ajuda do budismo? Ou tornei-me um budista que ainda conserva vestígios cristãos?»
Foi o budismo que constituiu um dos recursos mais úteis que lhe permitiram continuar a desenvolver a sua tarefa pessoal de cristão e de teólogo, permitindo-lhe rever, reinterpretar e reafirmar as doutrinas cristãs sobre Deus (capítulos 1-3), sobre a vida depois da morte (capítulo 4), sobre Cristo como Filho único de Deus e Salvador (capítulo 5), sobre a oração e o culto (capítulo 6) e sobre o compromisso para conduzir o mundo rumo à paz e à justiça do Reino de Deus (capítulo 7), na consciência de que, como admite o teólogo na conclusão, «no final da jornada, a casa para onde eu volto é Jesus».