O fundamentalismo é, ao contrário do que possa parecer, um sintoma da perda da alma.
O fundamentalismo insiste no fundamental (e não é isso que está em causa), mas esquece a harmonia, que também lhe dá extensão e profundidade.
Thomas Moore descreve o fundamentalismo «como uma defesa contra os sons harmónicos da vida, a riqueza e o politeísmo da imaginação».
A alma anseia pela profundidade, pela multiplicidade, por muitos níveis de sentido.
Quando se insiste sempre (e apenas) no mesmo, a alma fica asfixiada.
Para respirar, a alma suspira pelo múltiplo, pelo intenso, pelo imenso.