Eu percebo que as imagens da campanha reforcem a tendência para a abstenção.
Não se nota uma ideia. Não se extrai um projecto. Não avulta uma esperança.
Predominam os ataques e as encenações.
Falam uns com os outros, uns para os outros, uns contra os outros. Fazem de nós espectadores e comensais.
Neste contexto, vir pedir o nosso voto parece uma provocação.
Mas, mesmo assim, votemos. Não por causa deles. Mas por causa de nós, do país.
Sei que não é fácil. O esforço terá de ser hercúleo. Mas Portugal precisa de todos.
O cidadão não pode dar a entender que a pátria é propriedade de quem a dirige.
Clamemos por qualidade na política. Mas não deixemos que a cidadania adormeça.