O processo educativo não é o que nos convence daquilo que sabemos. É o que nos mobiliza para aquilo que podemos vir a saber.
Vladimir Nabokov estava certo quando defendeu que «a medida de uma educação é que adquirimos alguma noção da extensão da nossa ignorância».
Por isso é que a educação nos capacita para o primeiro (e fundamental) saber, sem o qual nenhum outro existe: o não saber.
Receio, pois, aqueles que estão sempre prontos a ensinar sem manifestarem qualquer disponibilidade para aprender.
Ser convincente é muito diferente de ser convencido.
Quanto mais se avança na aprendizagem, tanto mais se cresce na percepção de que é pouco o que se sabe, de que é muito o que há para saber.
Só a humildade espevita a procura e permite saciar a fome. A fome de saber, a fome de viver, a fome de ser...