Há quem se espante por não notar diferenças de vulto entre crentes e não crentes na vida pública.
A diferença pode estar entre quem assume os comportamentos em nome próprio e quem os atribui a Deus.
Só que, sem se aperceberem, tratar-se-á mais de uma divindade construída do que de uma inspiração acolhida.
E é assim que encontramos perseguições e condenações tanto no âmbito religioso como no espaço irreligioso.
Deus não é a justificação dos nossos actos, mas o estímulo para que possamos superar muitos deles.
Deus é o que nos leva a superar-nos, não a justificar-nos.
O mundo das religiões nem sempre oferece a melhor guarida ao divino.
O silêncio da procura fá-lo aspirar mais que a torrente de muitos discursos.