Hoje é o dia mundial do livro. A melhor forma de o celebrar é ler.
É bom que se leia.
Podemos ler o jornal, ler pela net. Mas confesso que ler o livro conserva um sortilégio indescritível.
A leitura de um livro é uma emanação que replica a leitura da vida.
Num livro palpita a vida.
É preciso tempo e também paciência para escrever e para ler.
Um livro anda, muitas vezes, na vida antes de aparecer em livro.
Sucede igualmente que, ao folhearmos um livro, ficamos com a sensação de que era aquilo mesmo que nós gostaríamos de escrever. Só que houve alguém que o captou primeiro.
Um livro tem de ser um acto de sinceridade. Tem de ter alma. Isso é muito mais importante que ter estilo.
É com pesar que leio a notícia de um possível plágio numa tese de doutoramento.
Espero que seja mentira.
Citar é uma coisa, é pedir e é reconhecer o mérito a quem nos facultou a ideia.
Plagiar é outra coisa, é furtar e é tentar iludir. É dar a entender que uma coisa nos pertence quando ela foi subtraída a outrem.
Reconheço que, hoje em dia, não é fácil ser original.
Às vezes, em nome de uma pretensa originalidade, cometem-se os maiores dislates.
O importante é ser autêntico. É que se vislumbre a alma daquele que, sob uma palavra, quis estar perto de nós.