Queixa-se o poeta de que gastamos as palavras pela rua.
Há sinais de desgaste do discurso.
Aquelas palavras que, há anos, mobilizavam agora parecem provocar tédio.
Nem sequer as palavras outrora mais acarinhadas suscitam qualquer ponta de entusiasmo.
Precisamos também de uma nova narrativa. De palavras que não insistam no mesmo, que não sejam repetitivas. Precisamos de palavras que, evocando o essencial de sempre, não se arrastem pelo tempo, mas infundam novos impulsos de esperança.