Nos grandes momentos costumam emergir grandes personalidades.
Todos nos lembramos de um Churchill, de um Adenauer, de um Jacques Delors ou, entre nós, de um Mário Soares, de um Ramalho Eanes, de um Freitas do Amaral, de um Ernâni Lopes.
Cada um a seu modo, marcaram as suas épocas pela determinação, pela seriedade, pela capacidade de agregar vontades.
Quem emerge agora?
A televisão está a ouvir personalidades que se destacaram no passado. Mas já não estão no activo. Ou por falta de vontade ou porque os caminhos estão tapados. Ou, pura e simplesmente, porque o ar do tempo favorece estilos mais vaporosos.
Faltam lideranças fortes, que apontem caminhos, que antecipem cenários e, sobretudo, que puxem pela população.
Estamos carentes de ideias e órfãos de líderes.
E é assim que, à força de tanta reportagem, já não falta muito para nos habituarmos à ideia de que Paul Thomson, delegado do FMI, é quem está à frente dos nossos destinos.
É por ele que tudo parece passar. Na pasta que o acompanha está o nosso futuro mais próximo.