A fé não é só o lugar das respostas. Também pode ser o espaço das perguntas.
Ela acolhe não tanto quem sabe, mas quem procura, quem não desiste de procurar.
Mesmo quando nos capacitamos de que é pouco (ou quase nada) o que sabemos, a percepção continua a ser estimulante.
É que o não-saber é o primeiro saber. É o saber árquico, primordial. É ele que nos permite ter acesso a todo o outro tipo de saber. Sem o não-saber não há qualquer outro saber.
Os últimos tempos têm feito chover, em catadupa, perguntas sobre Jesus.
Onde terá estado nos 17 anos da vida privada? Em Nazaré? No Egipto? Na Índia? No Tibete? O relatório de Nicolas Notovitch, a partir de uma investigação no mosteiro budista de Himis, é muito insinuante.
Santo Issah (o nome dado a Jesus) era uma figura venerada pelos budistas. Como o era pelos muçulmanos.
Os manuscritos de Qumran, os textos de Nag Hammadi e outros vieram levantar muitas interrogações. Mostram que, desde sempre, houve uma curiosidade imensa em torno de Jesus.
Mesmo esta discussão em torno da data da Última Ceia não deixa de ser interpelante. Trata-se de um físico que se lança neste esforço.
O mais importante é a profundidade da mensagem e o alcance dos gestos.
De todos os pontos é possível ver Jesus. Nenhum nos desaponta.