O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 13 de Abril de 2011

Há cinquenta anos começou a guerra colonial no (então) chamado ultramar.

 

Tantos lá sofreram. Muitos por lá morreram.

 

Fomos lutar pela terra. Mas o que lá deixámos foi sobretudo sangue. Muito sangue.

 

Ainda sinto os ecos dos gritos de tantas mães no funeral de seus filhos!

 

Lutar contra as evidências nunca foi um bom princípio.

 

Os anos 60 já não corriam fagueiros para impérios. Iria Portugal ser a excepção?

 

Ficou a cultura. Ficou a fé. Ficou a amizade.

 

Tudo podia ter terminado de outra forma.

 

Uma só vida é preciosa. Nenhum pedaço de terra justifica que o sangue se derrame.

 

Hoje não penso em quem ganhou ou perdeu. Penso, sim, em quem partiu, em quem lutou, em quem caiu.

 

A terra é sagrada. Mas, como lembra Shimon Peres, a vida humana é-o muito mais.

 

Portugal já não vai do Minho a Timor. Mas continua a ir por todo o mundo.

 

Desde recanto continuamos a partir.

 

Já não vamos dar novos mundos. Andamos a participar na (re)construção do mesmo mundo!

publicado por Theosfera às 12:08

De Maria da Paz a 13 de Abril de 2011 às 19:32
Por vezes, tenho a tentação de considerar a vida como um doloroso calvário.
Foi horrível o sofrimento de tantos que morreram na chamada guerra colonial. Mas os povos que abraçámos e que cristianizámos e a quem levámos a nossa civilização e cultura, hoje agonizam de fome e de doenças, sem que nada nem ninguém lhes valha. Será justo louvarmos os nossos Missionários que tanto deram e tanto se deram a esses Povos. Sobretudo, deram-lhes um sentido para a vida quando os evangelizaram. Mas isso foram os Missionários que continuam a amar esses Povos e essas terras, considerando-os dignos de todo o desvelo e atenção. Os Missionários cumpriram magnificamente os dois maiores Mandamentos da Lei de Deus.
A verdade é que esses povos continuam saudosos da nossa presença de Portugueses - existem testemunhos disso.
Dói o coração quando vemos as lindas cidades que lá deixámos, agora ao abandono, sem que ninguém delas tire proveito.
A vida não é uma festa, como todos gostaríamos que fosse, mas um lugar de sofrimento e de contradições, onde nos deparamos com a escuridão de mistérios tenebrosos que não se compadecem com a nossa total inocência (quando nascemos) e a nossa sorte aleatória nesta vida. Uma via sacra, biliões e biliões de vezes repetida . Bem precisamos de Profetas e de Santos que repetidamente e sem se cansarem nos falem com doçura e afecto da grande esperança de Belém, do Calvário e da Ressurreição.
Maria da Paz


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