Talvez por ter nascido de madrugada, cheguei a acreditar que o mundo iria entrar numa manhã de sol radioso sem crepúsculos.
Parecia não haver poente para tanta esperança.
Entusiasmava-me a evolução criadora, descrita por Henri Bergson. O humano aparentava seguir uma linha (imparavelmente) ascendente. Teilhard de Chardin gerava um estremecimento na alma.
Esqueci-me de que há ciclos. E noto que voltamos a mergulhar num tempo de vésperas.
O horizonte empalidece. A penumbra instala-se, de novo, na alma do mundo.
Uma nova noite está à porta. Um outro amanhecer acabará por despontar.
Quem cá estará para ver?