Há muita coisa que lembramos. Há muita coisa que esquecemos.
A respeito de Jesus, são muitos os esquecimentos que amortecem as lembranças.
Lembramos, habitualmente, as doutrinas sobre Jesus. Mas tendemos a esquecer os gestos de Jesus, os sentimentos de Jesus.
O Evangelho deste Domingo, ao apresentar-nos um Jesus portentoso que devolve à vida um cadáver já sepultado, mostra-nos também um Jesus poderoso na Sua divina fragilidade.
Por vezes, a nossa frieza institucional não abre grande espaço para perceber, por exemplo, que Jesus também tinha amigos, que Jesus também gostava dos Seus amigos, que Jesus também sentia, que Jesus também chorava.
Jesus não teve vergonha de assumir o Seu pranto.
Só deve haver vergonha quando nos recusamos a ser humanos.
Jesus é a humanidade total. É o divino que emerge no humano sem freio.
Jesus é o diferente tornado realidade.
Ele o possível de todas as nossas impossibilidades.
Nem a morte faz recuar ou desistir.
Todos os lázaros deste mundo podem ter a certeza de que têm em Jesus um aliado, um companheiro, um irmão.