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Quinta-feira, 07 de Abril de 2011

Num caos de contornos labirínticos, é natural que não seja fácil ver por onde começar a tão necessária recuperação.

 

Mas só há um caminho: a educação.

 

Acontece que, neste momento, também o mundo da educação é mais o sintoma da crise do que o sinal da superação da crise.

 

E, aqui, o problema não se restringe (longe disso) à escola. A educação começa (e, muitas vezes, acaba) em casa.

 

Já estamos todos tão sufocados pelo novo paradigma educacional que mal divisamos um rumo diferente.

 

Todas as discussões, aliás, ocorrem dentro do mesmo paradigma. Limitam-se a propor melhorias, quando o importante seria apostar na diferença.

 

Quando se diz que temos a geração mais preparada de sempre, diz-se uma parte da verdade.

 

Não há dúvida de que nunca, como hoje, houve tanta gente diplomada.

 

Só que a formação escolar e o percurso académico tendem, cada vez mais, a privilegiar as competências. Temos muita gente competente nas tecnologias.

 

E isso é, indiscutivelmente, importante. Mas não chega.

 

Só haverá mudança na sociedade quando a educação voltar a priorizar os valores, os princípios, a conduta, a ética, a sabedoria e as humanidades.

 

Nada disto faz obscurecer o lugar da técnica. Pelo contrário, dá-lhe uma nova luz.

 

Só com um novo paradigma de educação seremos sensíveis à situação das pessoas, que são muito mais que números.

 

Só com um novo paradigma de educação olharemos de outra forma para os desempregados, para os desalojados.

 

Só com um novo paradigma de educação sofreremos com quem sofre.

 

Em suma, precisamos de especialistas do universal.

 

O problema actual não é só (nem principalmente) financeiro ou económico.

 

É muito mais vasto, muito mais fundo.

 

Ir à raiz é fundamental. Sem raízes não há frutos.

publicado por Theosfera às 10:43

De António a 7 de Abril de 2011 às 14:05
Falta também um novo paradigma ético e espiritual assente em duas palavras: partilha e cooperação.

Enquanto continuarmos a pretender conciliar o inconciliável, será baralhar e dar do mesmo...

De Maria da Paz a 7 de Abril de 2011 às 15:08
Rev.mo Senhor Doutor:
V. Rev.ª disse tudo.
Qualquer comentário que vá além do agradecimento e das felicitações é redundante.
Numa correcta educação está a raiz de tudo o que é bom.

Gostaria que este post " ( e tantos outros de V. Rev.ª) chegassem aos nossos Políticos.
Grande optimismo o meu: os Profetas pregam sempre no deserto!
São mesmo "incómodos" para quem está no poder, para quem está "instalado".
Valha-nos Deus!
Afectuoso abraço.
Maria da Paz

De Theosfera a 7 de Abril de 2011 às 16:09
Ex.ma Senhora Dra: Muito obrigado pela bondade da apreciação que aqui expendeu. Abraço amigo no Senhor Jesus.

De Evágrio Pôntico a 7 de Abril de 2011 às 16:04
Os mentores da educação em Portugal, dos últimos tempos, estão comprometidos (melhor será dizer vinculados) com ideologias políticas (daquilo a que se convencionou chamar "esquerda").

Querem, à viva força, impor um modelo de sociedade libertária, sem valores nem princípios, e, para isso, a táctica a empreender é modelar o pensamento de crianças e jovens, e instilar o vírus nas escolas, nas universidades, e nos meios académicos e culturais, sabendo-se que são os agentes da "intelligentsia" que podem alterar mais rapidamente o "status quo" da tradição em ordem ao estabelecimento de uma nova organização social.

Seguem à risca os ensinamentos de Antonio Gramsci…

Aqui, em Portugal, tais manobras de subversão da sociedade tradicional têm contado com o impulso e o prestimoso auxílio de uma legislação que visa provocar a derrocada da Família e da Igreja Católica. Na verdade, esses arautos da demolição dos valores tradicionais sabem bem que estas duas instituições são as únicas que se lhes podem opor…

Enquanto tais mentores, inquinados por tais nefastas ideologias, não forem apeados dos centros de decisão, não vale a pena iludirmo-nos de que o sistema educativo em Portugal possa vir a apontar para um sentido mais humanista, que procure realizar o homem na sua integralidade. Pelo menos no que toca à educação denominada pública…

De Theosfera a 7 de Abril de 2011 às 16:07
Bom Amigo, muito obrigado por este precioso contributo. Muita paz no Senhor Jesus.

De António Costa a 7 de Abril de 2011 às 18:34
Tem Você toda a razão, Evágrio Pôntico!
Mas quem lha dá nestes tempos conturbados?
O medo instalou-se: quem não for da "cor" é apedrejado. E chamam a isto "liberdade"! Houve, efectivamente, intencionalidade em acabar com os valores, com a dignidade! Estragaram tudo. E não se reconhecem como culpados. Ai daqueles que tiverem de responder pela juventude que perverteram! Inquinaram a Educação em Portugal e não vão presos, esses criminosos.
E são agressivos, quando confrontados.
Acham que só eles têm razão.
Ou regressamos às velhas fontes da Sabedoria, ou ... é o caos.


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