O compasso de espera, que o país está a viver, afoga as pessoas no torpor e no desânimo.
Ao que nos dizem, há uma prioridade iminente: solicitar auxílio ao estrangeiro.
Sucede que, não obstante tal iminência, ninguém quer dar tal passo.
A confiança, que é sempre o capital mais precioso, vai-se degradando.
Poderia vir alguma luz das palavras que circulam. Mas, dada a turbulência que as acompanha, só a obscuridade dá sinais de crescer.
Estamos perto de cair? Prefiro pensar que estamos perto de nos reeguermos.
Depois da queda, acredito que não ficaremos eternamente caídos.
Só morrreremos se pararmos. Se avançarmos, sobreviveremos.
Mesmo que não saibamos o que nos espera, é, pelo menos, alentador vislumbrar o inesperado.