Num tempo em que tudo é apressado, a lucidez mingua a cada passo.
Nem sequer esperamos pela realidade que se perfila. Preferimos as palavras que, supostamente, a determinam.
Prever é um exercício arriscado. Compromete quem prevê e quem lê as previsões.
Não falta, porém, quem inverta tudo. Há quem pretenda que a realidade seja como as previsões e não aceite que as previsões sejam superadas pela realidade.
Se assim fosse, não seria necessário, por exemplo, votar. Bastava ler os estudos de opinião.
É normal que haja previsões. Mas é fundamental que se esteja atento à realidade.
O que se passou na noite eleitoral do Sporting é quase surreal.
As previsões apontavam um vencedor. Quando os resultados foram anunciados, houve quem não aceitasse.
Há quem invista contra a realidade. Há quem não perceba que o mundo não acaba nas previsões.
A este propósito, talvez não fosse despropositado reler um livro que apareceu pouco antes do ano 2000. Anunciava previsões para o mundo até 2012.
Estamos quase na recta final. E basta conferir.
O que parecia estar escrito nos astros (o autor é astrólogo) ou foi mal lido ou, então, está a ser fortemente contraditado.
O Vaticano ainda dura (era para acabar entre 2002 e 2004) e o comunismo na China ainda persiste (era para terminar por volta de 2000).