Portugal está a viver um impasse e a preparar-se para uma longa recessão.
Poderá haver mudanças, mas dificilmente haverá diferenças.
O que é estranho é que não se defina um rumo.
A Oposição assume que não se revê na política actual. Mas tudo indica que não dispõe de grande margem para fazer diferente.
Escusado era haver um discurso para dentro e outro para fora.
A tranquilidade dos mercados não tranquiliza as pessoas. A tranquilidade das pessoas não tranquiliza os mercados.
Para oscilações, já basta as que provêm da realidade.
O discurso político devia ter alguma consistência.
Não pode variar tanto conforme os dias e os ambientes em que é proferido.
Cada época molda os seus líderes. Mas os grandes líderes é que moldam as épocas.
Pressentimos que ainda não é desta que teremos alternativa. Mesmo que tenhamos alternância.
O mais certo é termos o mesmo pelos mesmos ou o mesmo por outros.
Que, ao menos, haja decoro, verdade e sobriedade.