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Sábado, 26 de Março de 2011

Andamos todos sobressaltados com a realidade e ainda há quem persista nas (encantatórias) teias da ilusão.

 

Aliás, já não falta até quem substitua a esperança por ilusão.

 

Nunca percamos a esperança, mas não alimentemos ilusões.

 

Nas próximas eleições, não vamos eleger quem decide; vamos escolher quem executa.

 

Quem decide, como bem previu Frank Vibert, não são os eleitos (elected). São os não eleitos (unelected). E, de entre estes, os mais decisivos nem sequer estão em Portugal. Estão em Bruxelas. Estão sobretudo na Alemanha. E estão, como se tem visto, nos famosos mercados.

 

Qualquer propaganda será, pois, uma perda de tempo e um passeio de ilusões para algum espírito que ainda permaneça incauto.

 

É por isso que as eleições podiam ser já para a semana. O legislador devia ter em conta a aceleração das mudanças. Mais de 50 dias entre a dissolução e as eleições porquê?

 

O nosso voto conta cada vez menos. O dinheiro da Europa é que conta cada vez mais.

 

Este hiato temporal só vai servir para alimentar ilusões e para acrescentar ataques e insinuações.

 

O que vai ser dito pouca relevância terá. Qualquer compromisso facilmente cairá por terra diante dos ditames de quem verdadeiramente manda.

 

A crispação, que inevitavelmente crescerá, vai dificultar ainda mais o que importava assegurar: entendimento.

 

Já não estamos nos anos 80 nem nos anos 90, em que a alternância configurava uma autêntica diferença.

 

Agora, o termo de comparação não é a esquerda frente à direita nem a direita frente à esquerda.

 

 

Alguém descortina uma diferença substancial entre o que o actual Governo fez e o que o próximo Governo terá de fazer?

 

Em causa não está o PS, o PSD, o BE, o CDS ou a CDU. Em causa está o país diante da Europa. E, ante as imposições da Europa, todos no país são necessários.

 

«O que tens a fazer, fá-lo depressa», disse o Mestre a quem O ia entregar. Se as eleições são inevitáveis, que sejam rápidas.

 

As decisões estão tomadas. Mais sacrifícios estão à nossa espera. Os que não elegemos já se pronunciaram.

 

Os que vamos eleger não têm saída. Não vão dar voz aos nossos sonhos. Vão ter de dar cumprimento às ordens do maior soberano: os donos do dinheiro. 

 

Que, ao menos, não nos tirem a verdade.

 

Falem a verdade.

publicado por Theosfera às 11:41

De António a 27 de Março de 2011 às 14:27
Falso o que diz. Não há nenhuma afirmação de Passos Coelho a referir que o eventual aumento do IVA irá incidir só sobre os artigos de luxo. O que há é Passos Coelho demagógico e contraditório a dizer num dia exactamente o contrário do que tinha dito no outro...

De Evágrio Pôntico a 28 de Março de 2011 às 16:59
Quanto à questão do IVA sobre artigos de luxo, não é preciso pesquisar muito; ela vem mencionada em vários jornais, diários e semanários.

Mas o problema de fundo do País é o continuado desvario do Sr. Sócrates (alienado, e alheado do País real, de há muito, ou quiçá, desde sempre…) e dos seus asseclas, que conduziram Portugal ao caos, literalmente, tanto do ponto de vista financeiro e económico, como do ponto de vista moral.

Qualquer coisa é preferível à manutenção no poder desta gente de má extracção (é um eufemismo…) e notória e comprovada incompetência, de nenhuns ou duvidosos princípios morais, que se serve do poder para benefício próprio, que não olha a meios para atingir os fins, que usa, reiteradamente, dos embustes mais soezes e da falácia para procurar inverter a verdade… Tudo grandes "qualidades" que transformaram Portugal num sítio horrível para se viver…

Por isso, seja qual for outra solução governativa, desde que, obviamente, exclua Sócrates e seus mentores e apaniguados, será sempre melhor para o País.

Como dizia uma canção de Vinicius de Morais, nos idos de 60/70: "pior do que antes não pode ficar"...


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