Sabemos que todo o ser humano é único e que toda a trajectória deixa um rasto.
E o rasto é o que persiste mesmo quando já não se existe.
Com a morte de Artur Agostinho, não é só uma vida que se esvai.
É também um modo de ser e de estar que se vai tornando cada vez mais raro.
Já não são muitos os especímenes desta estirpe humana.
Na comunicação social, nas instituições e em todos os segmentos da vida, rareiam pessoas com esta compostura, com este autodomínio, com este aprumo.
Artur Agostinho era, em síntese, um senhor.
Restarão muitos?