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Terça-feira, 22 de Março de 2011

Ontem, quando nos deitámos, a crise era uma forte possibilidade.

 

Hoje, quando nos levantámos, a mesma crise parecia ser já uma iminência.

 

Como salientava José Gil, numa interpelante entrevista, o interesse nacional está a ser devorado pelos interesses partidários, de grupos e de pessoas.

 

Dizem que não há grande margem para políticas diferentes. Será que as eleições abrirão caminho a alguma solução consistente?

 

O que mais avulta é a incapacidade e a imaturidade da classe política para lidar com a presente situação: crise económica, crise social, crise de valores e, agora, crise política.

 

Desejar-se-ia uma réstia de lucidez e um vislumbre de humildade.

 

Mais do que novas eleições, é necessário um amplo entendimento que envolva a classe política, o mundo empresarial, os trabalhadores e as universidades.

 

Grande serviço prestariam os actuais líderes partidários se pedissem a um conjunto de personalidades que, nesta hora crítica, assegurassem a condução do país. Por sua vez, eles assegurar-lhes-iam apoio.

 

Mantenho, pois, o que aqui escrevi.

 

O cenário actual não é entusiasmante. Cabe-nos impedir que se torne completamente insolvente.

 

 

publicado por Theosfera às 09:49

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