O famoso PEC 4 irá ao Parlamento.
Se as previsões forem confirmadas, será reprovado.
O que virá a seguir?
Menos crise não será com certeza.
Há quem veja no discurso do Presidente um empurrão para eleições antecipadas.
Não sendo procurador das intenções do Chefe de Estado nem tampouco hermeneuta autorizado das suas palavras, permito-me apontar outra possibilidade.
Não encerrará o diagnóstico que traçou um apelo mais sibilino?
Eu penso que o que resulta do discurso de 9 de Março é a necessidade de um entendimento alargado.
Raymond Aron não foi citado, mas deve ser seguido. Afinal, a democracia é obra comum de partidos rivais.
Nem a rivalidade há-de impedir o entendimento.
O bem maior (o país) clama por todos.