Há mais uma suspeita (sempre ela) a macular uma decisão de acaba de ser tomada.
Havia um programa, na Sic-Notícias, que colocava o dedo em algumas feridas.
Era conduzido por Mário Crespo e tinha como comentador principal Medina Carreira. Na última edição, juntou-se-lhes Henrique Neto.
Pode não se gostar do estilo, nomeadamente da contundência, mas há uma pertinência indiscutida no que é dito.
Soube-se que, entretanto, o programa foi suspenso. A justificação oficial é a necessidade de reestruturação.
Pode ser a realidade. Mas pode também tratar-se de um eufemismo. Até porque antecedentes não faltam.
Medina Carreira levava números e apontava factos. Henrique Neto levantou a nuvem acerca do que se passa nalguns bastidores.
Confesso que até nem aprecio por aí além este género de intervenção.
Mas a liberdade é um princípio.
Uma coisa é não ver quem não quer ver. Outra coisa é não poder ver quem pretende ver.
E será que é pior identificar os problemas do que provocar os problemas?
Estamos em recessão.