Num mundo de desconfianças, já nem nos prenúncios de mudança se confia.
Prossegue o desfile de preconceitos acerca do que se passa na Tunísia e no Egipto.
É claro que a Líbia está tingida de sangue por causa da desmesura do apego ao poder do seu líder.
Mas dizer que há uma incompatibilidade entre a cultura islâmica e a democracia é algo que precisa ser provado.
A Indonésia e a Turquia têm predominância islâmica e são democracias.
Não são perfeitas, é certo. Mas sê-lo-ão as nossas?
A liberdade é um longo caminho cuja meta ainda ninguém atingiu.