O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2011

Ao invés do que sucede nas ciências exactas, na história não há resultados garantidos. Há, sim, fórmulas testadas, experiências tentadas, caminhos percorridos, desfechos incertos.

 

Só no fim se sabe se o feito se torna per-feito ou se redunda em de-feito.

 

A multidão que, na Tunísia e no Egipto, depôs regimes autoritários está a sentir, na Líbia, a crueldade do autoritarismo.

 

Na Líbia, por agora, não é o ditador que sai. São as pessoas que morrem.

 

O número de vítimas, para já incerto, vai subindo.

 

De tudo quanto está a ocorrer no mundo árabe sobra uma certeza e solta-se uma inquietação.

 

Não é só a pobreza que desencadeia a revolta. Como bem refere Dani Rodrik, a Tunísia e o Egipto até tinham bons indicadores económicos.

 

Acontece que, acrescenta o professor de Harvard, «uma boa economia não significa necessariamente uma boa política».

 

O crescimento económico, já notara Samuel Huntington, reforça a consciência política e aumenta o padrão de exigência por parte das populações.

 

O povo está mais atento e torna-se mais interveniente. Ora, isto leva-nos à China.

 

A China está a passar por um surto de desenvolvimento económico ímpar. E, como é sabido, os protestos têm aumentado. Tianamnen é um símbolo e, porventura, uma viragem.

 

O poder acha que, através da economia, pode contentar o povo. Só que a experiência mostra que é sensato não contar com o progresso económico para quem quer que seja se perpetuar no poder.

 

Se esta vaga de explosão contestatária chegar à China, que acontecerá?

publicado por Theosfera às 10:37

mais sobre mim
pesquisar
 
Fevereiro 2011
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5

6
7
8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...

blogs SAPO


Universidade de Aveiro