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Sábado, 19 de Fevereiro de 2011

Era a primeira coisa que fazia quando o jornal me chegava às mãos.

 

Antes mesmo do jornal, ia logo ao suplemento. Era como uma leitura antes da leitura.

 

A crónica de José Manuel dos Santos nunca me desiludia e sempre me interpelava.

 

Como ele diz, falava pouco do que se fala muito e falava muito do que se fala pouco. Mas, fosse como fosse, fazia-o de uma maneira única, elegante, sem ser afectada.

 

Pelos vistos, este ritual vai ser interrompido. Interrompido, pois antevejo que não vão faltar propostas para que o autor continue a conviver connosco, seus fiéis leitores.

 

A liberdade é isto, é a possbilidade de se tomarem as decisões mais inesperadas e as medidas mais descabidas.

 

Às vezes, é preciso refrescar uma equipa. Só que José Manuel dos Santos destaca-se por isso mesmo: por ter uma escrita refrescante.

 

Há muita gente a escrever bem. Ninguém, porém, escreve como ele em Portugal.

 

Também há muita gente convencida e presumida. E, como é óbvio, não falta quem instrumentalize a escrita, fazendo dela uma via de acesso ao poder.

 

Será que só há lugar para a escrita política e para o comentário desportivo? Ou será crime ter qualidade?

 

O texto de hoje falava de despedida. Não pensava que fosse a do próprio autor.

 

Os leitores de um jornal são muito diferentes dos sócios de um clube. Como reagiriam os adeptos do Real se Ronaldo fosse dispensado?

 

Mas há que aceitar a realidade. Mesmo que não se compreenda muito do que nela ocorre.

 

As manhãs de sábado não vão ser iguais. Pode ser que outras manhãs se tornem diferentes.

publicado por Theosfera às 11:42

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