O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 12 de Fevereiro de 2011

Não houve atentados. A revolução do Egipto foi feita pela palavra, pela voz, pela persistência. E, coisa não desprezível, conseguiu dois objectivos nada fáceis: derrubar uma ditadura e afastar o radicalismo.

 

Parece-me ainda cedo para afirmar que o 11 de Setembro está extinto.

 

Mas creio ser possível reconhecer que o 11 de Fevereiro constitui o nascimento de uma nova era.

 

O século que começara a 11 de Setembro de 2001 recomeçou a 11 de Fevereiro de 2011.

 

A onda de surpresa é semelhante.

 

Poucos achariam que pudesse haver um atentado como o do 11 de Setembro. E praticamente ninguém pensava que pudesse existir uma revolução como a de 11 de Fevereiro.

 

É, aliás, curioso notar que o Egipto está no epicentro dos dois momentos. Como é sabido, o número dois da Al-Qaeda, e tido como cérebro da operação do 11 de Setembro, era egípcio.

 

A história não é o cumprimento de um guião. Ela é, como bem notou Zubiri, um sistema aberto de possibilidades. Umas vezes, obscurece a nossa alma. Outra vezes, ilumina-nos com a esperança.

 

É notório que o mundo não estava preparado para lidar com o impacto do 11 de Setembro. Estará habilitado para encarar o que se abriu a 11 de Fevereiro?

 

Para já, as vozes fundamentalistas estão caladas. Tudo indica que o Egipto vai enveredar pela democracia. E há sinais de que o mundo árabe poderá seguir o mesmo caminho.

 

Houve mortes em tudo isto, mas, ao contrário do que estávamos habituados, não se ouviram bombas nem se cometeram atentados.

 

Daqui a dez anos, que balanço será feito? Irá o 11 de Fevereiro superar, de vez, o 11 de Setembro?

 

A força da persistência tem capacidade para vencer a persistência da força.

 

O Egipto está a colocar-se como um precioso laboratório do que pode ser o futuro próximo.

publicado por Theosfera às 12:53

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