Um jovem de dezasseis anos mata o pai em Portugal.
Um adolescente de treze anos mata a mulher do pai nos Estados Unidos.
É arrepiante. É assustador. E não pode deixar de ser interpelante.
Como é que a idade de todos os sonhos pode desencadear o turbilhão dos piores pesadelos?
Como é que a manhã da existência pode dar lugar ao crepúsculo da vida?
Não tenho respostas. Sobram-me perguntas inquietantes.
Que está a ocorrer nos nossos lares, para alojarem tantas toneladas de ódio?
A vida de quem foi morto não terá nada que ver com a morte de quem matou?
Ninguém tem o direito de julgar. Todos temos o dever de reflectir.
Por este (des)caminho, a humanidade não vai longe.
O essencial para o futuro não se decide nas praças nem nas bolsas. Decide-se no coração de cada ser humano.
E há amostras que não são nada animadoras...