Nunca foi fácil a vida para quem sonhou, para quem nunca desistiu dos seus sonhos.
O primeiro sonhador (José do Egipto) foi vendido.
O maior sonhador (Jesus Cristo) foi morto.
O mais conhecido sonhador dos últimos tempos (Luther King) acabou assassinado.
Não falta, por isso, quem desista ou quem ceda à corrente dominante.
Muito interessante se torna, neste contexto, um livro como o de Augusto Cury e que tem por título Nunca desista dos seus sonhos.
São, de facto, os sonhos «que alimentam a vida» e «regam a existência com sentido».
Pode ser que nunca os sonhos se realizem. Mas o fundamental é que nunca deixem de ser semeados, de ser sonhados.
A eternidade (mais que o futuro) é dos que sonham. Mesmo que não colham os frutos, o importante é a semente que deixam.
O poeta teve razão quando defendeu que «é o sonho que comanda a vida».
Precisamos de sonhadores. Precisamos que não cortem os sonhos.
Cortar um sonho é, pura e simplesmente, assassinar uma alma.
Vale a pena arriscar por causa dos sonhos.
Augusto Cury adverte que «os jovens têm muitos desejos e poucos sonhos. Os desejos não resistem às dificuldades. Os sonhos são projectos de vida, sobrevivem ao caos».
Mas a culpa não é dos jovens. Somos nós, adultos, que «criámos uma estufa intelectual que lhes destruiu a capacidade de sonhar. Eles estão a adoecer colectivamente: são agressivos, mas introvertidos; querem muito, mas satisfazem-se pouco».
O risco que o sonho transporta vale a pena ser corrido. Os sonhos são vitamínicos, regeneradores, tonificantes. «Os sonhos fazem os tímidos terem rompantes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades».
Nada se perde com o sonho, a não ser, talvez, o sossego. Sonhar é desassossegar.
São eles, os sonhos, que «oxigenam a inteligência e irrigam a vida de prazer e sentido».
Não desistamos de sonhar.