Um ar resignado percorre o esgar das pessoas, nesta manhã fria, ao regressar ao trabalho.
Quase ninguém fala das eleições.
Não se fala dos vencedores e todos parecem ter um ar de vencidos.
As dificuldades são muitas.
O divórcio do povo em relação à política (sinalizado na elevada abstenção) parece ser a consequência do divórcio, que a montante se verifica, da política em relação ao povo.
Mas este é um caminho perigoso e nada sadio.
É preciso encontrar um novo paradigma de fazer política e de exercer a cidadania.
E, antes de mais, é urgente injectar ânimo na (depauperada) alma das pessoas.