Antão, que veneramos como santo, seria facilmente acusado, hoje em dia, de ser um excêntrico, alguém que fugia dos outros e fechado em si mesmo.
Era importante que, olhando para o exemplo deste asceta solitário, reafirmássemos o nosso amor pela liberdade de cada um.
A humanidade não é uniforme. Ela é uma sinfonia polifónica.
Deus está em todas as consciências. Não há um só caminho nem uma única visão.
A vida em comunidade é fecunda e profundamente bela. Mas não podemos estigmatizar quem opta pela solidão. Que, no fundo, acaba por ser uma solidão habitada.
Antão foi autêntico. Não seguiu a corrente. Benditos os que ousam.