Há 8 anos que trabalho numa escola do 2.º e 3.º ciclos cujas turmas de EMRC representam seguramente 85% das opções dos alunos. Inicialmente, tinha a noção que a escolha dos alunos era feita pelos Enc . de Educação e dava-me conta que os alunos, sentiamse "obrigados" a frequentar as sessões. Como Directora de Turma, recebia dezenas de participações disciplinares feitas pela então docente de EMRC . Confesso, que falei centenas de vezes com os alunos para contrariar o dito comportamento, até que me apercebi que até os alunos que à partida não causariam qualquer tipo de perturbação, começaram eles, também, a boicotar as sessões. Resolvi então averiguar o tipo de sessões feitas pela docente e os alunos. Cheguei à conclusão que os alunos da nossa escola só ganharam quando este ano lectivo a docente foi embora. No acto da matrícula, os alunos da minha Direcção de Turma não queriam escolher EMRC e fiquei muito contente ao dizer-lhes que poderiam escolher porque a professora que eles tiveram o ano passado, tinha ido embora. Este ano, falam-me, semanalmente, em Formação Cívica, das actividades que a professora Goreti faz com eles. A BE já conta com a Bíblia Sagrada nas estantes e com diversos livros e dvd que falam de Cristo. Tudo isto não existia. Nunca me debrucei pelo modo como os docentes de EMRC são escolhidos para leccionarem. No dia 18 de Outubro - Dia Mundial das Missões, o grupo de EMRC convidou os Missionários da Boa Nova a virem à nossa escola, de forma a sensibilizarem os nossos alunos para a realidade da pobreza no mundo e qual deve ser a nossa atitude perante tal realidade. Os docentes a leccionar EMRC têm a meu ver um papel importantíssimo no carácter dos nossos jovens. Até nos próprios colegas de profissão!
Obrigado, Sónia. Inteiramente de acordo consigo. Habitualmente, em Igreja, tendemos a apontar as responsabilidades lá fora, quando muitas delas nascem cá dentro. O caso que contou está reproduzido em muitas escolas, infelizmente.
Muita paz. Nosso Senhor a abençoe e a toda a sua família.