Foi há apenas dois dias.
Foi. Quer dizer que já não é.
Parece aliás que foi há muito tempo e que passou por nós como uma seta.
Que fizemos do Natal?
Onde escondemos o seu encanto?
Para onde despachámos o seu conteúdo? A sua mensagem? Os seus apelos?
O dia de Natal deveria ser o dia do grande encontro. Do permanente advento. Da perene celebração da chegada de Deus ao mundo, o maior presente que o céu ofereceu a terra e a melhor prenda que a terra ofereceu ao céu.
A qualidade do Natal não se vê nas coisas. Vê-se — ou deveria ver-se — nas atitudes. Nas decisões. Nos comportamentos. Nos gestos.
O dia de Natal deveria ser, portanto, um estímulo para que todos os dias fossem dias de Natal. Isto é, dias de nascer para Aquele que nasce em nós.
Porque Natal foi quando Deus quis.
E porque Ele quis fazer Natal, haverá Natal quando nós quisermos. Eu e tu.