Era importante que a nossa aproximação ao Natal não se quedasse pela superfície. Era mesmo necessário que aterrasse na profundidade.
O Natal encerra uma força enorme e transporta uma energia imensa. Ele mostra que é possível conjugar o que há de mais diferente. Se o céu e a terra se tocam, se o divino assume o humano até às suas entranhas, há que retirar todas as ilações.
Urge integrar as diferenças, assumir a identidade do outro até à sua espessura mais íntima. O Natal é incompatível com uma cultura da distância. Se Deus vem até ao Homem, é fundamental que nos disponhamos a ir ao encontro do outro, a acolhê-lo.
A paz é mesmo possível. A reconciliação não será impossível.