O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 18 de Novembro de 2010

Afinal, ainda há epopeias. Não já com caravelas pelo mar, mas com uma bola a desfilar por um estádio em transe.

 

O que faz uma bola! Ou, melhor, o que determinadas pessoas sabem fazer com uma bola!

 

Há dias, ou noites, em que a bola é manuseada à guisa de um pincel. E dos pés dos jogadores saem verdadeiras obras de arte.

 

É sabido que a Espanha pratica um futebol sedutor. A bola não é chutada. É acarinhada, oleada de pé para pé com uma cadência que galvaniza a equipa e como que adormece os adversários.

 

Ontem, Portugal, que também possui bons executantes, não se esqueceu da arte. Mas resolveu imprimir velocidade.

 

Resultado. A Espanha jogou como (quase) sempre. Portugal actuou como (quase) nunca.

 

O nosso problema, e não é só no futebol, é precisamente a inconstância.

 

Não nos falta capacidade, nem engenho. Mas temos sempre um pequeno contencioso com a perseverança.

 

Ontem foi uma noite de sonho e ninguém dormiu.

 

O problema é que, daqui a umas horas, a realidade dar-nos-á um forte abanão.

 

Ontem, Portugal foi melhor. Hoje, a Espanha está melhor.

 

Um jogo ajuda a esquecer. Mas há sempre a realidade que se encarrega de nos lembrar.

 

Aprendamos com o jogo de ontem. Apareçam líderes que motivem. Capacidade e talento é coisa que não falta por cá.

 

E, afinal, até não será impossível melhorar em pouco tempo. Ontem, viu-se que depressa e bem ainda há quem...

publicado por Theosfera às 00:00

De António a 18 de Novembro de 2010 às 13:44
Ontem Portugal jogou sem medo e o resultado está à vista de todos...


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