Finalmente, houve um consenso global no mundo do futebol. Se há tanto dinheiro para o futebol, ele será reencaminhado para o grande combate do momento: o combate contra a fome.
Nem mais uma contratação milionária enquanto houver uma única pessoa com fome. E o problema é que não há só uma. Há mil milhões.
Todos aceitaram ter menos, esbanjar menos. E, por incrível que pareça, todos se sentiram felizes. Há, na verdade, muito mais alegria em dar do que em receber.
O mundo acordou. Ainda bem. Estamos no limiar da era da justiça.
Foi, então, que os meus olhos se abriram e passearam, manhã cedo, pelos jornais. A realidade era bem diferente. Os milhões para os mesmos. E a fome para os de sempre. Até quando?