Se tantos conseguiram tanto, porque é nós não havemos de conseguir?
O santo não é extraterrestre. Não é sobre-humano. É da nossa terra. Pertence à nossa condição.
Deus não aprecia uma santidade que desumaniza, que desmundaniza ou que desfraterniza. A santidade é a consciência de que somos filhos e de que, por isso, somos irmãos. A santidade é fraternal, é amorosa, é empenhativa.
Ser santo é ser verdadeiramente humano. É ser autenticamente feliz. Tudo isto inclusive nas circunstâncias mais adversas. O sermão da montanha é o código da santidade. Não é necessária a prosperidade, a riqueza ou a glória para ser santo. É possível ser santo na pobreza, no pranto, na adversidade, até na perseguição.
Ser santo é deixar que Deus aconteça na nossa vida e na vida dos outros. Ser santo é participar na construção de um mundo melhor. É intervir na transformação da humanidade. É não pactuar com a injustiça. É falar com os lábios e testemunhar com a vida.
A santidade está ao alcance de todos. É o que há de mais democrático e invasivo. Que se respire santidade na Igreja e na Humanidade.
O santo é o grande sábio. É sábio porque é humilde e manso. Tem certezas, mas não agride quem ainda não as encontrou.
O santo é o maior teólogo. Pode não exibir particular ciência, mas expende especial vivência. Há sabedoria maior do que aquela que está estribada na vida?
Não digas, pois, que a santidade não é para ti. Claro que é. Foi Deus que quis fazer-te essa proposta. Todos nós somos pequenos, sem dúvida, diante de algo tão grande, tão pulcro.
Ser santo é ser paladino da bondade, peregrino da esperança e construtor da paz.