A Teologia diz respeito ao que há de mais envolvente e apaixonante na vida. Porque, ao ser (tentativa de) discurso sobre Deus, torna-se (tentativa de) discurso sobre a vida, o homem, o mundo.
A atmosfera é sempre uma teosfera que religa o que, aparentemente, está mais distante: o céu e a terra, a eternidade e o tempo, a morte e a vida. Nada se dilui nem dissolve. Tudo se integra e acolhe.
A Teologia pertence pois ao que há de mais englobante. Mobiliza a razão, mas não descarta a emoção. Faz-se Teologia a escrever. Mas pratica-se Teologia (sobretudo) a rezar, a sofrer e também a chorar.
Ela é, verdadeiramente, scientia amoris (ciência do amor). No amor está tudo. Por isso é que ele nunca acaba.
Temos é de o tornar presente a partir do seu cume, a partir da Cruz, donde ele escorre, a jorros, pelo mundo inteiro. Enfim, a Teologia é tudo. E tudo é Teologia.