Há quem se preocupe com o risco de banalização da oração. À força de se insistir tanto nela, pode haver o risco de ser banalizada. Que ninguém se preocupe com a oração. Que nos preocupemos, sim, com tal preocupação.
É claro que um acto demasiado repetido comporta esse risco. Mas não é por causa da repetição. É por causa de não lhe reconhecermos o intrínseco valor que tem. Haverá acto mais repetido (e, portanto, tendencialmente mais banal) que comer ou dormir? E, não obstante, ninguém questiona a sua importância, a sua necessidade.
Sobre a oração sobrelevemos este dado: nunca se peca por excesso. Por muita oração que se faça, será sempre pouca para o que Deus merece e para o que nós precisamos. A oração, como adverte o magno Karl Rahner, é como o ar que se respira. Nós estamos sempre a respirar.
Para amar o próximo nada melhor que amar a Deus. Para amar a Deus nada melhor que amar o próximo.