O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 30 de Maio de 2010

Uma Igreja que se descentra de si (para se recentrar em Deus e no Homem) não é uma fortaleza que se ergue; é, antes, uma porta que se abre, uma janela que se escancara, uma mão que se estende, um abraço que se dá, um rosto que sorri, uma semente que se lança, um coração que se oferece, uma luz que se acende, uma paz que se partilha.

 

O Evangelho de S. João é, consabidamente, bastante eclesial. Nunca usa, contudo, a palavra Igreja. Aparece, sim, a palavra Deus, a palavra Pai, a palavra Discípulo, a palavra Mundo, a palavra Homem, a palavra Vida.

 

Falemos do que Jesus falou. Façamos o que Ele fez. Amemos o que Ele amou.

 

Paremos um pouco. Ponhamo-nos à escuta e à espera.  Há tanto para ouvir. Tanto para aprender.

 

Como dizia Sebastião da Gama, «tenho muito que fazer? Não. Tenho muito que amar»!

 

Eis um belo tópico. Eis um deslumbrante programa. Eis o único caminho.

 

Só darei o bastante se der tudo.

publicado por Theosfera às 15:19

De António a 30 de Maio de 2010 às 17:04
CLARIDADE

"De minha vida não sei
senão que sou feliz.
Lá o que fui ou fiz
antes de ser o que sou,
ai!, tudo me passou:
só sei que sou feliz.

E que me importa a cor
das águas que passaram?
Estas águas me bastam
que vão correndo agora.
Fosse o que fosse, a minha
passada vida incerta
(feliz ou desgraçada),
foi uma porta aberta
pra esta vida clara.
Por isso eu a bendigo,
a minha vida ida.

Talvez as rosas nela
tivessem bem mais cor,
o Sol mais Luz e Amor,
e música mais bela
a viração, então;
mais verde fosse o Mar...

- Mas que vale o que foi,
se, quanto vejo ou provo,
tem tudo um gosto novo?...
Se nada cansa ou dói?...
Se as rosas, para mim,
nasceram mesmo agora,
e as aves e o Mar?...
Se o Sol aconteceu
ao mesmo tempo que eu
olhei à minha roda
e vi o meu presente
a ser-me a vida toda?..."

( Sebastião da Gama)


" Claridade" de Sebastião da Gama é o meu poema preferido. De uma Beleza de tal forma superior que não encontro palavras para o qualificar.

Aqui há tempos, andei a estudar S. Francisco de Assis. E, intencionalmente fui ver se nele encontrava alguma referência a Deus castigador ou inferno. E nada. Só encontrei Amor e Bondade.

Quem tiver olhos para ler e alma para interpretar, que leia e interprete onde é que verdadeiramente está Deus...


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