Este é um dia em que todos os olhos se voltam para um único local: Fátima.
O mesmo rosto é contemplado: o da Virgem Mãe. O Seu amor amoriza toda a nossa existência.
Fátima é este mar de fé e de despojamento que serve de lição para todos.
Muitos foram a pé.
Muitos não arredam pé.
Muitos não dormiram toda a noite.
Eis a grande cátedra e a maior lição: o Evangelho continua a ser reescrito na vida de tanta gente simples e humilde. Mas que se agiganta na coerência do testemunho.
Santos Sabugal, eminente eclesiólogo, colocou as coisas com muita clareza: a Igreja tem um modelo fontal (Jesus Cristo) e um modelo paradigmático (Maria).
Os dois apontam, indelevelmente, para o serviço: Jesus é o servo de Deus, Maria é a serva do Senhor.
Por isso, quem conduz a Igreja tem o nome de ministro. Ministro vem precisamente de minus, o menor.
Poder-se-á alegar que nem sempre isso é palpável, visível, notório. Falta, amiúde, o espírito de serviço e o serviço ao Espírito.
Só na humildade podemos crescer. O padre e o bispo têm de ser humildes, simples. Como humilde e simples foi/é Jesus. Ele é Senhor porque servo, porque humilde, porque simples.
Quando perdermos tudo, não percamos jamais a humildade.