As medidas draconianas, que vão ser tomadas, podem ser vistas sob um prisma diferente.
Se bem nos recordamos, ainda há poucos dias, o Governo excluía o aumento de impostos.
Que se passou, então?
A visita que o Primeiro-Ministro fez a Bruxelas terá alterado o cenário.
Ora, isto coloca uma questão pertinente. Quem manda, afinal, em Portugal?
Terá sido mesmo imposição da União Europeia o aumento de impostos?
Acresce, depois, o envolvimento da oposição. É sempre bom haver concertação.
Mas esta participação do líder do PSD mostra, por um lado, que a situação do país é grave e revela, por outro lado, que uma coligação PS-PSD vai existindo embora de forma mitigada.
Para a oposição alinhar com o Governo nestas medidas difíceis, é porque não haverá mesmo alternativa ao aumento de impostos. Não haverá?