Faz-nos bem voltar sempre ao grande teólogo Hans Urs von Balthasar:
«A Igreja é feminina em Maria antes de ser masculina em Pedro. Em Maria, a Igreja já tomou corpo antes de ser organizada em Pedro.
É feminina porque a sua natureza inicial e englobante é o facto de se saber acolhedora e transmissora. E só para que ela não esqueça a sua feminilidade primária, só para que ela seja sempre aquela que acolhe e nunca a que possui, é que foi dotada dotada do ministério masculino, a quem compete representar (mas no âmbito do seu acolhimento feminino) o Senhor da Igreja, de que provém todo o dom.
Num certo ponto de vista, a Igreja é primariamente de estrutura matriarcal, e só secundariamente de estrutura patriarcal, embora estas categorias sociológicas só impropriamente se possam aplicar à Igreja».
Na sua monumental Teodramática, escreve: «Maria é o símbolo real e o compêndio da Igreja. Mais ainda, Ela é o lugar onde acontece o novo nascimento com a aparição de Seu Filho».
No sermão de Natal de 1522, Martinho Lutero fala assim de Nossa Senhora: «Maria é a Igreja cristã. Como Ela, também a Igreja conserva todas as palavras de Deus no seu coração».
Quem disse que Maria é um entrave ao ecumenismo?