Podia ser a 8 de Dezembro, podia ser a 3 de Maio. Qualquer dia é bom para ser dia da mãe.
Não é um dia para ser comprimido em 24 horas ou entalado em rituais que a sociedade vai impondo.
É bonito que os cumpramos. Que levemos uma flor e que elevemos uma prece.
É sempre pouco o que se dá a uma mãe em comparação com o que ela está sempre a dar-nos.
O dia da mãe é um dia esticado, uma manhã dilatada, uma primavera interminável.
Este é o dia em que o sol nunca se põe.
Este é o dia que nunca anoitece.
Mãe nunca adormece. Mesmo a dormir, ela dorme como mãe.
Ela é a mais pura guardiã do amor, o santuário onde a vida nunca deixa de palpitar.
Uma mãe antecipa-se sempre. Este dia só consegue postecipar.
É sempre um mínimo diante de um máximo.
Mãe nunca deixa de ser mãe. Nem a morte mata a mãe.
Mãe sobrevive sempre.
Há muitos títulos e condecorações que se impõem em muitos peitos.
Mas o mais belo ornamento é o que mora no coração.
Esse ornamento tem o nome de mãe.
Ninguém seria nada sem a Mãe.
Mãe é o que fica, mesmo quando tudo passa.
Este, a bem dizer, não é o dia da mãe. É, possivelmente, o dia em que muitos se lembram de que existe mãe.
Dia da mãe é cada instante. Porque só uma mãe consegue transformar o átomo mais ínfimo da existência num vendaval de eternidade.
Basta haver amor, para existir eternidade.
O coração de mãe é eterno. Alguém duvida?