Em qualquer actividade, é fundamental estabelecer prioridades.
Poderemos fazer muitas coisas, mas se deixarmos de lado aquilo que é prioritário, o êxito ficará comprometido e a coerência estará ameaçada.
No discernimento acerca do valor de qualquer instituição, tem de entrar, pois, esta pergunta: será que estamos a fazer o que é mais importante?
É que, hoje em dia, há uma tendência cada vez maior para essencializar o que é relativo e para relativizar o que é essencial. Nem a própria Igreja escapa a esta propensão.
Jesus, o Fundador e o perene Fundamento da Igreja, estabeleceu o Reino de Deus e a Justiça como absolutamente prioritários.
Assim O ouvimos no discurso inaugural do Seu ministério: «Procurai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o resto vos será dado por acréscimo» (Mt 6, 33).
Sendo a Igreja, como avisa S. Paulo, a nova corporeidade de Cristo, é de esperar que a prioridade de Cristo seja a prioridade da Igreja.
Isto significa que o que está em primeiro lugar para Cristo tem de estar em primeiro lugar para a Igreja.
Não raramente, salta à vista a impressão de que chegamos ao ponto de inverter a prioridade preceituada por Jesus.
Glosando o supracitado princípio, parece que procuramos tudo o resto em primeiro lugar e, só depois e se sobrar tempo e disposição, é que dedicamos algum tempo ao Reino de Deus e à sua Justiça.