O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 17 de Abril de 2010

Os lugares-comuns têm o (perigoso) condão de nos demitirem de pensar. Repetimo-los e, quase sempre, conformamo-nos.

 

Um dos lugares-comuns mais repetidos debita que perdoar é esquecer

 

Habitualmente, repetimo-lo para os outros.

 

As pessoas sérias, com propensão para o escrúpulo, ficam incomodadas quando não conseguem esquecer a ofensa recebida e a mágoa alojada.

 

Ora, isso não contende com o perdão.

 

Lembrar ou esquecer não pertence à vontade. É uma emanação do conhecimento. O perdão, sim, decorre da vontade.

 

E para perdoar é preciso lembrar. Vamos perdoar o que não recordamos?

 

Acresce que, ainda recentemente, a tragédia que vitimou o presidente da Polónia veio alertar para esta questão.

 

Ele e a sua comitiva iam assinalar o aniversário de um massacre cometido contra o seu povo. Mas iam também com um propósito de reconciliação.

 

Mesmo em relação à segunda guerra mundial, a reconciliação anda de mãos dadas com o memorial.

 

Recordar não serve, necessariamente, para agravar a ferida.

 

Como Bronislav Geremek, «sou contra o espírito de vingança, mas penso que jamais se deve propor o esquecimento. A memória faz parte da paz civil».

 

Até porque só recordando o mal, há condições de evitar que ele se repita.

 

O esquecimento não é boa solução. Para nada!

publicado por Theosfera às 11:33

De
  (moderado)
Nome

Url

Email

Guardar Dados?

Este Blog tem comentários moderados

(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 



O dono deste Blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

mais sobre mim
pesquisar
 
Abril 2010
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3

4
5
6
7
8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro