Sempre acreditei que o mais simples é também o mais belo.
Existe uma aliança indestrutível entre a simplicidade e a beleza.
Não é Deus a suma simplicidade e a máxima beleza?
Onde flui a simplicidade, aí resplandece a beleza.
Foi este o sentimento que me inundou ao ler um livro que fala de uma nuvem cujo sonho era ser almofada.
Trata-se de um livro belamente simples. E que, por isso, se torna simplesmente belo.
Ressalve-se que é muito mais difícil escrever simples do que escrever rebuscado.
A simplicidade é bela porque brota directamente da alma, porque emerge, de modo diáfano, do coração.
Não vou (re)contar a história para não beliscar a expectativa de quem a quiser ler.
Trata-se de uma história de encanto, que congraça a simplicidade e a beleza.
É que o sonho da nuvem não era apenas pairar lá no alto. Era, acima de tudo, preocupar-se com quem precisa, cá em baixo.
E, tantas vezes, do que mais se precisa é de uma almofada. Para recostar a cabeça. Para encontrar repouso. Quiçá para partilhar segredos e digerir confidências.
A ilustração é bela, a narração é cativante, o ensinamento é sublime.
Como diz a Bíblia (Act 20, 35), há mesmo mais felicidade em dar do que em receber.
Parabéns à Dra. Cristina Bernardes por este livro. Pela nobreza de sentimentos que inocula mo coração de quem o ler.
Eis uma obra que encanta os mais pequenos. E que não deixa de interpelar os mais crescidos. Até para que nunca ofusquem a criança que, no fundo, continua a habitar nas suas vidas.