O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 03 de Abril de 2010

Os tempos, com a sua proverbial eloquência, têm mostrado que a morte de Deus era um vaticínio manifestamente exagerado e totalmente deslocado.

 

Quem proclamou tal coisa não estava a ver muito bem quem era Deus nem quem era o Homem.

 

Se há duas décadas Harvey Cox falava de uma sociedade pós-cristã, hoje Jürgen Habermas não hesita em falar de um tempo pós-secularista.

 

No entanto, a passagem do êxodo de Deus para o êxito de Deus (palavras de Boaventura Sousa Santos) não se traduz num novo enchimento das Igrejas.

 

Deus parece estar em alta, as Igrejas nem tanto. Daí que André Comte-Sponville aluda a uma morte social de Deus. Ou seja, cada um faz a sua procura, enceta o seu caminho,

mas tem dificuldade em integrá-lo comunitariamente.

 

Estes são, por isso, também tempos de desafios para as Igrejas. Têm de ser mais transparentes, mais apelativas, têm de saber mais a Deus e menos a elas mesmas.

 

Em síntese, precisamos de Igrejas des-centradas de si e re-centradas em Deus. E no ser humano.

 

publicado por Theosfera às 23:59

De António a 4 de Abril de 2010 às 00:35
A grande deserção dos fiéis das sua igrejas é feita de forma silenciosa.Pelas mais diversas razões. O silêncio dos fiéis, que assim se afastam, também é o Silêncio de Deus. Através desse silencioso afastamento, Deus fala aos seus sacerdotes. E, no entanto, muitos de nós permanecem com Deus nos seus corações. Eu sou apenas um dos muitos que assim pensa e sente mas fala. A maior parte dos nossos irmãos que,como eu, pensa e sente,não fala. Deus fala por todos nós. E assim Se revela.Através do nosso silêncio e da nossa ausência.Quem tiver olhos para ver,que veja...


mais sobre mim
pesquisar
 
Abril 2010
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3

4
5
6
7
8
9





Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro