Reduzir o problema do mundo à economia, à gestão ou à política é pouco. Não identifica o problema e não ajuda na resolução do problema.
André Comte-Sponville oferece uma analítica muito pertinente a este respeito.
Há uns quarenta anos reduzia-se tudo à política e à questão do justo e do injusto. A moral e a religião não contavam para nada.
Há uns vinte anos tudo começou a concentrar-se em torno da moral, do bem e do mal. A política começou a entrar em descrédito, mas a religião permanecia na penumbra.
Hoje, a grande questão é espiritual, a questão do sentido. Esta é a busca do momento, a prioridade da hora presente.
A busca espiritual não é, porém, um universo à parte. Ela envolve e mobiliza o humano desde a base, desde o fundo, desde a raiz.
Há aqui, portanto, um universo de possibilidades a explorar. E, já agora, de preconceitos a vencer.