Alertava Rui Tavares, na sua crónica de ontem, para aquilo que considera ser o triunfo da mediocridade.
Nomeava alguns líderes mundiais e, por contraponto com os líderes de gerações anteriores, não ocultava um forte desapontamento.
Refira-se que esta percepção vai-se tornando cada vez mais recorrente.
Até parece que a lei da evolução se inverte e que, agora, são os medíocres que eliminam os melhores.
Havia um tempo em que a televisão era uma espécie de filtro da qualidade. Só apareciam os melhores.
Hoje, se quisermos conviver com os melhores, temos de privilegiar o relacionamento humano, pessoal.
Não me reporto apenas à vertente académica ou à competência profissional. Refiro-me sobretudo à dignidade, à hombridade, aos valores.
A pergunta que muitos fazem é: porque é que estas pessoas não aparecem? Será por comodismo? Ou será porque lhes barram o caminho?
Mas o (des)caminho que estamos a trilhar não nos conduzirá a bom porto.
Urge reflectir. E, acima de tudo, inflectir.